Fisiologia Humana para Psicólogos em Formação
Ao se deparar com a disciplina Fisiologia Humana em sua grade curricular, você sentiu uma fisgadinha na costela. Isso por que além de ser popularmente conhecida como uma disciplina que reprova muitos também exige de quem não quer entrar para a estatística dos “Planos de Estudo”, dedicação, leitura e compreensão sobre o funcionamento dos sistemas corpóreos.
Para os amantes das ciências médicas, tudo bem! Mas, e para aqueles que não veem sentido em estudar essa área? Já que imaginam que o curso de psicologia em sua maior parte possui disciplinas da área de humanas.
A Psicologia reclama muito, não vê sentido. Justamente a falta de sentido é que desanima, afinal, ninguém quer fazer algo sem um fim em si que resulte num estímulo reforçador. RsRsRs!
Muito se engana aquele que julga a Fisiologia como uma matéria em vão. Pois podemos nos perguntar como lidar com patologias de um ser biológico sem ter como base conhecimentos sobre como esse homem funciona?
Funcionar é usado aqui, não só no sentido mecânico, e sim como se processa o nosso objeto de estudo, que por vias fisiológicas produz de subjetividade. As vertentes bem aceitas na Psicologia compreendem o homem como um ser multideterminado. Na verdade, é preciso pensar como posso interferir como profissional se não “manjo” de conceitos que permitam compreendê-lo, a fim de buscar alternativas que promovam a sua saúde?
Não é exigido no plano da disciplina: apaixone-se por ela! Mas diria que se esse fosse o objetivo central a aprendizagem seria conseqüência. Apaixone-se pelo que você desconhece! Desafie-se a entender aquilo que você não valoriza. Desapegue-se dos seus preconceitos e dos preconceitos dos outros e deixe que a Fisiologia contribua para que você seja um profissional articulado, sábio e empregável.
Não há como não gostar, sem conhecer! Se o conhecimento não existe em, ou para mim, como julgá-lo? Falo por experiência que o estudo da Fisiologia Humana requer leitura, escrita, elaboração de exercícios, interpretação e aplicação de conceitos e formulação de esquemas.
Comece do começo. Não pegue a matéria copiada no quadro e queira a partir daí ser mestre em Fisiologia. O principal é formular uma linha crescente de conceitos, que desencadeiam idéias. A partir dessas idéias faça o seu resumo. O que não for compreensível requer que algo seja revisado. Só acrescentando mais informações no seu estudo.
A Fisiologia é discursiva, interpretativa e não se prende a nomes. Ela precisa de gente corajosa para desvendar seus mistérios. Mistérios que deixam de ser assustadores quando numa horinha vaga você deixa de ser acomodado, “reclamão” e “um sem tempo” e passa a dar valor ao conhecimento multidisciplinar. Lembre-se: Um estudo “mais ou menos” te levará a um lugar “mais ou menos.” Isso não é praga! É fato.
Sara Moreira
Acadêmica de Psicologia
Monitora de Fisiologia Humana
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